domingo, 4 de abril de 2010

Atividades Laborais e Qualidade de Vida

De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, a Qualidade de Vida é a percepção do indivíduo e sua posição na vida, o que inclui seis domínios: saúde física, estado psicológico, níveis de independência, relacionamento social, características ambientais e padrão espiritual. (HAG et al, 1991 apud DINIZ, 2006)
A prática regular de atividades físicas representa uma maneira eficiente de promover níveis adequados de saúde física e mental. O próprio sedentarismo, condição nociva ao organismo humano, produz modificações na atividade muscular como: fadiga precoce, encurtamentos adaptativos, diminuição da força e da flexibilidade que desencadeiam uma série de impropriedades no funcionamento de todo o organismo. Falar em qualidade de vida significa adotar medidas educacionais sistemáticas e incentivadoras que caminhem na direção da obtenção plena dos objetivos estabelecidos. Na esfera da saúde do trabalhador há várias denominações da prática de exercícios dentro da jornada laboral, como ginástica laboral, ginástica de pausa compensatória, exercícios de distensionamento, dentre outros. (DELIBERATO, 2002)

Independentemente da denominação utilizada, genericamente os programas de exercícios formam um conjunto de atividades físicas elaboradas a partir da característica da tarefa ocupacional desempenhada pelos trabalhadores, de modo que a proposta básica procura adequar as estruturas mais solicitadas e, em um segundo momento, compensar essas mesmas estruturas com uma atividade de desaquecimento. Ao mesmo tempo, as estruturas pouco utilizadas são requeridas, de modo que promova um funcionamento equilibrado de todo o conjunto. (DELIBERATO, 2002, p. 143)

A prática da ginástica laboral objetiva a melhoria da saúde física do profissional, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais, através de exercícios específicos. Dá-se ênfase às musculaturas que são mais exigidas no dia-a-dia, como por exemplo: as pernas – para quem passa boa parte do expediente em pé; a coluna – para os profissionais que permanecem muito tempo sentados e as mãos – para os que se dedicam à digitação. Não sobrecarregam o funcionário, pois acontecem na própria empresa e têm curta duração. (BISPO, 2008)
Os programas de qualidade de vida não devem incluir apenas a prática regular de exercícios durante o trabalho, a obtenção de resultados mais significativos é conseguida de modo mais eficaz quando esses exercícios são acompanhados por análises ergonômicas, antropométricas, posturais e biomecânicas. (DELIBERATO, 2002)
Os programas de atividades laborais incluem a realização de cinco grupos básicos de exercícios:

a. os exercícios de alongamentos, que promovem o estiramento dos músculos aumentando seu comprimento, o que por sua vez permite que se mantenham melhor preparados para atender às exigências das tarefas ocupacionais;
b. os exercícios de fortalecimento de leve intensidade, que agem aumentando a capacidade do músculo em responder às solicitações do cotidiano, não somente em relação à intensidade de força produzida, mas também na manutenção de atividades por períodos maiores de tempo;
c. os exercícios de relaxamento, considerados importantes porque propiciam um momento de descanso para os músculos mais exigidos em determinada tarefa laboral, além de promoverem a eliminação de substâncias tóxicas;
d. os exercícios respiratórios, que são úteis na melhoria da capacidade respiratória e da coordenação dos músculos envolvidos com a respiração, além de estarem associados ao relaxamento;
e. os exercícios globais, que promovem liberdade de movimento às articulações e melhoram a coordenação motora, o equilíbrio e a flexibilidade.(DELIBERATO, 2002, p. 143 e 144)

É preciso haver um trabalho de conscientização, para que os funcionários tomem conhecimento dos benefícios que as atividades laborais fazem à saúde, tais como: reeducação postural; alívio do estresse; combate ao sedentarismo; estímulo à integração social; melhoria do desempenho profissional e redução da fadiga visual, corporal e mental por meio das pausas para o exercício. Para as empresas também há benefícios, tais como: redução do absenteísmo; aumento da produtividade, integração entre funcionários e melhoria do clima organizacional. (BISPO, 2008)


Fonte: CARMO, Luciana Moura da Silva. Qualidade de Vida no Trabalho. Monografia de conclusão do Curso de Administração Geral. Faculdade Anhanguera / JK – Valparaíso /GO, 2009.

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