Contar com jovens aprendizes no quadro da empresa vale a pena. Apostar nessa mão de obra não só melhora a imagem da empresa como pode formar profissionais com a identidade da organização.
Aplicação sem riscos. Essa era a certeza que o Banco do Brasil tinha quando resolveu ampliar seu Programa Aprendiz. O investimento é tão seguro que o resultado foi a formação do atual presidente da instituição: Aldemir Bendine, 45 anos. Por isso, o banco prevê ampliar o projeto para 5400 adolescentes, ou seja, 1010 vagas a mais para jovens de
Mas nem todas as organizações querem enfrentar o desafio de abrir as portas da organização para jovens sem experiência. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, se a Lei do aprendiz fosse cumprida, isto é, se pelo menos 5% dos funcionários da empresa fossem jovens aprendizes, o Brasil teria um 1,2 milhão de oportunidades para esse público. Número bem maior do que as reais vagas existentes: 165 mil.
Segundo a última estimativa da Organização Internacional do Trabalho – OIT, 62% dos jovens na faixa etária prevista no programa estão em trabalhos considerados inadequados. Ou seja, instituições que não oferecem estrutura de qualificação, não priorizam acompanhamento escolar e não pagam os direitos previstos em lei como vale-alimentação e transporte.
A meta do governo é que 800 mil jovens estejam no programa até 2010. Porém, de 2008 para cá, apenas 34.425 vagas foram criadas.
Um dos motivos para essa falta de adesão das empresas à lei é o acompanhamento que ela deve fazer dos jovens. Toda empresa deve ter um gestor responsável, o que dificulta a participação. Além disso, a empresa acaba tendo responsabilidade na formação do aprendiz.
Investir em jovens aprendizes pode ser sinônimo de aposta em bons profissionais futuros. “Os aprendizes quando direcionados de forma inteligente pela empresa podem ser alternativas de contratação de funcionários bem treinados com a identidade da empresa”, observa Fernando Montero da Costa, diretor de operação da Human Brasil, consultoria em recursos humanos.
Como chegar lá
1. Ter uma boa orientação familiar, com uma estrutura que trabalhe valores como honestidade, ética, responsabilidade e comprometimento;
2. Se dedicar aos estudos e ter abertura para aprender novas tarefas, adquirir novos conhecimentos;
3. Ter determinação e expectativa de realização pessoal;
4. Ser persistente. Um emprego não é feito só de momentos bons. É preciso saber lidar com as adversidades e seguir em frente;
5. Capacidade de organização e administração do próprio tempo. Dividir as horas para estudar, trabalhar e se relacionar;
6. Atenção ao longo do caminho, para não deixar que nenhuma oportunidade passe.
AGNER, Marcelo: Editor. O futuro começa agora. Matéria de capa do Caderno Trabalho & formação profissional do Jornal Correio Braziliense – Domingo. Data: 15 de novembro de 2009 – Brasília/DF.
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